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Unidade 2


Introdução

Olá, estudante!

A cinemática dos fluidos trata da descrição do movimento dos fluidos sem, necessariamente, considerar as forças e os momentos que o causam. Introduziremos, aqui, vários conceitos cinemáticos relacionados aos fluidos que fluem. O derivado material (substancial) e seu papel na transformação das equações de conservação com base na descrição lagrangiana de fluxo de fluido (seguindo uma partícula de fluido) ou a descrição euleriana de fluxo de fluido (pertencente a um campo de fluxo).

Também veremos equações comumente usadas na mecânica de fluidos, com uma visão geral dos princípios de conservação e a relação de conservação da massa. Segue-se uma discussão sobre as várias formas de energia mecânica e a eficiência de alguns dispositivos que realizam trabalho mecânico. Continuamos com o desenvolvimento da equação da energia em uma forma adequada para o uso em mecânica dos fluidos, e, ainda, introduziremos o conceito de perda de carga.

Veja, são muitos os estudos que serão abordados aqui, preparado(a) para conhecer um pouco mais sobre cada um deles? Então, vamos lá!

Cinemática dos Fluidos — Velocidade e Aceleração

A cinemática é a parte da mecânica responsável por descrever o movimento. A maneira mais comum de retratar o movimento de um ponto material na mecânica clássica, é usando um vetor de posição \(x\). Esse vetor representa o deslocamento do ponto material em função do tempo \(t\), o que equivale a definir a trajetória descrita pelo ponto material. Se quiséssemos usar esse procedimento retratar o movimento de um fluido, teríamos de ser capazes de dar o vetor posição de cada uma das infinitas partículas de fluido que formam o fluxo.

Uma maneira de fazer isso é identificar todas as partículas pela posição \({{x}_{0}}\) que elas ocupam em um instante inicial arbitrariamente escolhido e, em seguida, dar o vetor de posição de todas elas em função dessa posição inicial e tempo:

\[x=x\left( {{x}_{0}},t \right)\]

Os fluidos apresentam movimentos moleculares, ou seja, as moléculas do fluido sempre estão se movimentando de um ponto para outro ponto. Uma porção típica de fluido contém tantas moléculas que ficaria totalmente inviável descrever o movimento de todas as moléculas individualmente (MUNSON; YONG; OKIIDHI, 2004, p. 145).

A velocidade \(v\) e a aceleração \(a\) do ponto material ou da partícula fluida são vetores que podem ser obtidos a partir das derivadas temporais de \(x\):

\[v=\frac{\partial x}{\partial t};~a=\frac{{{\partial }^{2}}x}{\partial t}\]

Dessa forma, estamos descrevendo o movimento do fluido em termos de pontos materiais (ou partículas de fluido), dando sua posição, velocidade e aceleração em função do tempo e de sua posição inicial.

Métodos de análise de fluxo de fluidos — sistemas e volume de controle

Como uma operação unitária dentro da engenharia de alimentos, o transporte de fluidos através de dutos e de tubulações é de grande importância em muitos processos industriais. No estudo do transporte de fluidos, é necessário conhecer, inicialmente, que tipo de fluido é, isso, de acordo com seu comportamento sob a ação de pressões externas.

Os fluidos podem ser: compressíveis e incompressíveis.

Quando o volume do fluido é independente de sua pressão e sua temperatura, é um fluido incompressível; pelo contrário, se seu volume varia, o fluido é compressível. Na realidade, nenhum fluido é incompressível, embora os líquidos possam ser assim considerados. Ao contrário, em gases, há uma grande variação de compressibilidade com a pressão e a temperatura.

De acordo com os efeitos produzidos pelas tensões de cisalhamento em um fluido, eles podem ser classificados como newtonianos e não newtonianos, dependendo se seguem ou não a lei de Newton da viscosidade, que determina o tipo de perfil de velocidade do fluido dentro de tubos. Diferentes partes de um fluido em movimento têm distintas velocidades e acelerações. Então, o campo de movimento deve ser descrito em termos de velocidade e de aceleração das partículas.

Existem dois métodos para descrever o movimento de um grupo de partículas em um meio contínuo: Lagrange e Euler. A diferença entre os dois métodos é que, em Lagrange, as coordenadas das partículas são representadas em função do tempo, enquanto, em Euler, são as velocidades das partículas em cada ponto que são dadas em função do tempo.

Geralmente, o engenheiro precisa das informações oferecidas pela análise de Euler, pela qual chegamos a equações integrais de movimento, dentro do chamado volume de controle.

Método Lagrange

O método de Lagrange é uma generalização direta da mecânica do ponto material. Um pequeno volume de fluido é estudado e o movimento de cada uma das partículas é seguido (de coordenadas \(x,~y,~z\)) em função do tempo \(t\), através da equação que descreve a trajetória de cada uma delas. No método de Lagrange, as coordenadas das partículas em movimento são representadas como uma função de tempo. Portanto, ele consiste em acompanhar o movimento de cada partícula fluida, análoga a como é feito na Mecânica dos Sólidos Rígidos.

As leis de Newton são usadas para descrever o movimento desses objetos, e podemos prever com exatidão aonde eles vão e como o momento e a energia cinética são trocados de um objeto para outro. A cinemática dessas experiências envolve acompanhar o vetor posição de cada objeto e o vetor velocidade de cada objeto, como funções do tempo. Quando esse método é aplicado ao escoamento de um fluido, ele é chamado de descrição lagrangiana do momento do fluido em homenagem ao matemático italiano Joseph Louis Lagrange (1736-1813). A análise lagrangiana é análoga à análise de sistemas termodinâmicos; ou seja, seguimos uma massa de identidade fixa (ÇENGEL; BOLES, 2015, p. 104).

Nesse método, as coordenadas de um ponto \(M\) da massa de fluido são uma função do tempo e de sua posição inicial.

\[x={{f}_{x}}\left( {{x}_{0}},{{y}_{0}},{{z}_{0}},t \right)\]

\[y={{f}_{y}}\left( {{x}_{0}},{{y}_{0}},{{z}_{0}},t \right)\]

\[z={{f}_{z}}\left( {{x}_{0}},{{y}_{0}},{{z}_{0}},t \right)\]

Quando consideramos as partículas de um meio contínuo, a abordagem Lagrangiana torna-se extremamente incômoda, uma vez que, a descrição do campo de fluxo requer três vezes o número de parâmetros usados nas equações acima.

Além disso, devido à natureza deformável do meio fluido, geralmente, não é de interesse a história detalhada de uma partícula individual, mas, sim, a inter-relação das propriedades de fluxo em pontos individuais no campo. A principal desvantagem desse sistema é que ainda falta um grande número de equações para descrever o movimento do sistema, então, na prática, não é útil.

Método de Euler

Na aproximação de Euler, desistimos de descrever o movimento do fluido pela densidade \(\rho \left( x,~y,~z \right)\) e pela velocidade \(\underset{\scriptscriptstyle-}{v}\left( \underset{\scriptscriptstyle-}{r},t \right)\) de suas partículas naquele ponto, em função do tempo e do espaço.

Em outras palavras, nesse método, estudamos um ponto no espaço, e como é o movimento do fluido nesse ponto ou em função do tempo.

Segundo Çengel e Boles (2015), na descrição euleriana do escoamento de fluidos, um volume finito chamado de domínio de escoamento ou volume de controle é definido, e é através dele que o fluido escoa para dentro e para fora.

As ferramentas de trabalho são as típicas da teoria de campos, com um campo de pressões, um de velocidades e um de densidades. Será determinada, em função do tempo, a velocidade das partículas do fluido que passam, sucessivamente, por esse ponto. A velocidade será dada por seus três componentes:

\[u={{f}_{u}}\left( x,~y,~z,t \right)\]

\[v={{f}_{v}}\left( x,~y,~z,t \right)\]

\[w={{f}_{w}}\left( x,~y,~z,~t \right)\]

As descrições lagrangianas e eulerianas do mesmo fluxo não são idênticas, pois a velocidade medida em um ponto fixo não se refere a uma única partícula de fluido, mas mede a velocidades das diferentes partículas de fluido que, ao longo do tempo, fluem por esse ponto.

FIQUE POR DENTRO

Lagrange e Euler

No método de Lagrange, as coordenadas das partículas em movimento são representadas em função do tempo. Consiste em acompanhar o movimento de cada partícula de fluido, de forma análoga a como é feito na Mecânica do Sólido Rígido. Nesse método, as coordenadas de um ponto M da massa fluido são uma função do tempo e de sua posição inicial. Já o método de Euler fundamenta-se em considerar um ponto fixo no espaço e estudar, em função do tempo, o que acontece naquele momento. Será determinada, em função do tempo, a velocidade das partículas de fluido que passarem, sucessivamente, por esse ponto.

Fique por dentro, lendo o artigo Uma formulação explícita para a solução de escoamentos em águas rasas, de Martinez e Santos (1999).

Clique no link a seguir: https://bit.ly/3BSSqQr. Acesso em: 6 dez. 2022.

Fonte: Elaborado pela autora.

Quando a descrição euleriana é usada, costumava-se tomar como variável fundamental a posição das partículas do fluido, mais a velocidade medida \(\underset{\scriptscriptstyle-}{v}\) em pontos fixos \(\underset{\scriptscriptstyle-}{x}\) do referencial ao longo do tempo \(t\).

Teorema de transporte de Reynolds

A natureza do fluxo laminar ou turbulento é definida pelo número de Reynolds. Em 1883, o pesquisador Osborne Reynolds estudou o movimento de um fluido. Usando as equações diferenciais gerais que descrevem o fluxo, ele deduziu as condições para que dois fluxos sejam dinamicamente semelhantes, definindo que o grupo adimensional \(''VLr/m''\) deveria ser o mesmo para ambos os casos; por ele, esse parâmetro é conhecido como o número de Reynolds \(Re\).

\[Re=\frac{\rho VD}{\mu }\]

Onde,

\(V\) é uma característica do escoamento que, no caso de tubulações, é a velocidade média \(V\).

\(D~\acute{e}\) um comprimento característico do ambiente ao redor do fluido. Em tubos, geralmente, é o diâmetro.

\(r\) é a densidade do fluido.

\(\rho \) é a massa específica do fluido.

\(\mu \) é o coeficiente de viscosidade do fluido.

Assim, estabeleceram-se alguns parâmetros para o número de Reynolds:

  • Re 2100: fluxo laminar. As forças viscosas predominam. A lei de Newton da viscosidade é válida.
  • Re 4000: fluxo turbulento. As forças viscosas são quase anuladas devido à turbulência. A lei da viscosidade de Newton é inválida.
  • 2100< Re <4000: o fluxo é indeterminado, podendo se comportar como laminar ou turbulento, dependendo das condições circundantes, variando de momentos para outros. É um intervalo em que não se deve trabalhar.

Sobre a temática, Fox, Mcdonald e Pritchard (2014) ressaltam que:

Se o número de Reynolds for “grande”, os efeitos viscosos serão desprezíveis pelo menos na maior parte do escoamento; se o número de Reynolds for pequeno, os efeitos viscosos serão dominantes. Finalmente, se o número de Reynolds não for nem pequeno nem grande, nenhuma conclusão geral poderá ser tirada (FOX; MCDONALD; PRITCHARD, 2014, p. 62).

Para determinar o significado do grupo adimensional, Reynolds realizou seus experimentos com um fluxo de água através de tubos de vidro, para tanto, ele organizou um tubo horizontal com uma extremidade alargada em um reservatório e outra terminada em uma válvula reguladora de fluxo.

Dentro do tubo de ensaio, ele injetou um corante e observou que, para taxas de fluxo e pequenas velocidades e, portanto, baixo número de Reynolds, o filete colorido se moveu traçando uma linha reta sem se misturar com a água circundante, ou seja, o fluxo era laminar. À medida que a vazão e, por consequência, a velocidade, aumentavam, o número de Reynolds subia, até que atingiu uma condição em que a linha era ondulada, chegando ao momento em que se rompeu abruptamente, difundindo-se pelo tubo, ou seja, o regime turbulento.

Osborne Reynolds foi quem primeiro estudou quantitativamente a ocorrência dos escoamentos laminar e turbulento. Ele observou que o escoamento no interior de um duto de seção circular de diâmetro constante é laminar ou turbulento em função de uma relação entre a velocidade de escoamento, o diâmetro interno do duto, a massa específica e a viscosidade dinâmica do fluido. Essa relação, que é adimensional, chamada de número de Reynolds (LIVI, 2017, p. 69).

Começando com o fluxo turbulento no tubo de vidro, Reynolds descobriu que ele sempre se tornará laminar quando desacelerado para tornar-se menor que 2100. Isso é chamado de número de Reynolds crítico inferior para fluxos em tubos e é importante em cálculos práticos. Da mesma forma, ao aumentar o fluxo de laminar a turbulento, observou que para Re maior que 4000, era turbulento. Isso é chamado de número de Reynolds crítico superior. Se o número de Reynolds for menor que 2100, o regime é laminar. Do ponto de vista qualitativo, pode-se dizer que, aumentando o número de Reynolds, de valores inferiores ao indicado como valor crítico (2100), o perfil parabólico de velocidades típicas do fluxo laminar, ele se achata progressivamente, tornando-se uma superfície praticamente plana, perpendicular às paredes.

Se o Reynolds for maior que 4000, a lei da viscosidade de Newton não se aplica mais, impossibilitando resolver analiticamente os perfis de velocidade. À medida que a velocidade aumenta, o movimento de um fluido, que ocorre de forma caótica, em que as partículas se movem desordenadamente e as suas trajetórias se encontram, formando pequenos redemoinhos aperiódicos, como água em um canal de grande pendente, cresce. Assim, pode-se considerar que o perfil de velocidade é praticamente plano, ou seja, as velocidades pontuais são semelhantes entre si e praticamente iguais à média.

Descrição e classificação dos movimentos dos fluidos

A dinâmica dos fluidos estuda líquidos e gases em movimento. Caracterizamos o movimento do fluido por um campo vetorial de velocidades correspondentes à velocidade que cada partícula do fluido possui em cada ponto do espaço que ocupa, e, também, por um campo de pressão escalar referido apenas para os pontos dele.

Um fluido pode fluir em dois tipos de regime:

Regime laminar

Considere, para o seu estudo, que os fluidos são divididos em camadas e que elas podem ter várias velocidades, de camada para camada, mas todas as partículas de uma mesma camada ou folha terão sempre a mesma velocidade, independentemente do tempo decorrido durante o seu movimento. Por essa razão, esse regime é considerado estacionário.

Regime turbulento

Afirma que, em cada ponto do espaço ocupado pelo fluido, a velocidade da partícula que nele é encontrado leva mais de um valor conforme o tempo passa, e, em sua corrente, há formação de redemoinhos.

Para White (2010), na área de fluidos, o primeiro passo de um engenheiro especializado é estimar o intervalo do número de Reynolds do escoamento que está sendo estudado.

Para entender o movimento dos fluidos, é necessário conhecer dois conceitos básicos: linhas de corrente e tubo de corrente. A primeira se refere às linhas em que todos os seus pontos coincidem com o vetor de trajetória da velocidade do fluido em movimento. Enquanto o tubo de corrente é o espaço limitado pelas linhas de fluxo. As partículas de dentro de um tubo de corrente não podem sair, assim como as externas não podem entrar.

O fluxo também é classificado como uni, bi ou tridimensional, dependendo do número de coordenadas espaciais necessárias para especificar o campo de velocidade. Para fins de análise de fluxo de fluido, muitas vezes, é conveniente classificá-los, ainda, de acordo com a velocidade do fluxo. Veja no infográfico a seguir outras classificações relevantes dos fluxos dos fluidos:

É aquele em que as variações de velocidade, de pressão etc., são transversais à direção do fluxo principal. Tem lugar quando a velocidade é a mesma em todos os pontos do fluido em uma seção reta do condutor. A análise unidimensional serve para fornecer soluções aproximadas adequadas em muitos problemas encontrados em engenharia, por exemplo, para caracterizar o escoamento através de um tubo.

Nesse tipo de escoamento, assume-se que todas as partículas seguem trajetórias idênticas em planos paralelos. Não há mudanças nas variáveis do fluxo na direção normal aos referidos planos. Eles são estudados em duas dimensões, por exemplo, o estudo de aterros sanitários e portões.

É o escoamento mais geral, no qual os componentes da velocidade em direções perpendiculares entre si são funções das coordenadas do espaço e do tempo. Exemplos: tubos, curvas, cotovelos, escoamento pelo interior de bombas e turbinas. O campo de velocidades é uma função das três coordenadas do espaço e do tempo.

O vetor velocidade varia em um dado instante de um ponto a outro. Exemplo: Líquido fluindo através de um tubo de seção.

A velocidade em qualquer ponto é constante no tempo. A velocidade de sucessivas partículas que ocupam um ponto nos instantes sucessivos é o mesmo. Essa continuidade no tempo em um ponto pode ser aplicada também ao resto das variáveis que definem o estado do fluido naquele ponto. Exemplo: bombear água através de uma tubulação de fluxo constante.

Quando as condições em um ponto mudam com o tempo, por exemplo, o bombeamento de água em uma tubulação com vazão crescente.

Fonte: Elaborado pela autora.

Descrição: há um infográfico interativo que possui seis botões dispostos verticalmente um abaixo do outro, ao clicar em cada um deles, temos: 1. Escoamento unidimensional: é aquele em que as variações de velocidade, de pressão etc., são transversais à direção do fluxo principal. Tem lugar quando a velocidade é a mesma em todos os pontos do fluido em uma seção reta do condutor. A análise unidimensional serve para fornecer soluções aproximadas adequadas em muitos problemas encontrados em engenharia, por exemplo, para caracterizar o escoamento através de um tubo. 2. Escoamento bidimensional: nesse tipo de escoamento, assume-se que todas as partículas seguem trajetórias idênticas em planos paralelos. Não há mudanças nas variáveis do fluxo na direção normal aos referidos planos. Eles são estudados em duas dimensões, por exemplo, o estudo de aterros sanitários e portões. 3. Escoamento tridimensional: é o escoamento mais geral, no qual os componentes da velocidade em direções perpendiculares entre si são funções das coordenadas do espaço e do tempo. Exemplos: tubos, curvas, cotovelos, escoamento pelo interior de bombas e turbinas. O campo de velocidades é uma função das três coordenadas do espaço e do tempo. 4. Escoamento não uniforme: o vetor velocidade varia em um dado instante de um ponto a outro. Exemplo: Líquido fluindo através de um tubo de seção. 5. Fluxo constante: a velocidade em qualquer ponto é constante no tempo. A velocidade de sucessivas partículas que ocupam um ponto nos instantes sucessivos é o mesmo. Essa continuidade no tempo em um ponto pode ser aplicada também ao resto das variáveis que definem o estado do fluido naquele ponto. Exemplo: bombear água através de uma tubulação de fluxo constante. 6. Fluxo instável:  quando as condições em um ponto mudam com o tempo, por exemplo, o bombeamento de água em uma tubulação com vazão crescente.

Em fluidos reais, existem forças de resistência quando há deslizamento de algumas camadas sobre outras, o que torna a energia mecânica transformada em calor e, portanto, o fluido é aquecido. A essa resistência oposta pelo fluido, dá-se o nome de viscosidade.

Princípios de Dinâmica dos Fluidos

A dinâmica dos fluidos estuda os fluidos em movimento e é um dos ramos mais complexos da mecânica. Embora cada gota de fluido obedeça às leis do movimento de Newton, as equações que descrevem o movimento do fluido podem ser extremamente complexas.

descrição
Figura 2.2 — Princípios da dinâmica dos fluidos
Fonte: iaroslavbrylov/ 123RF.

Descrição da figura: A imagem apresenta uma fotografia, onde vemos uma mangueira de jardim na cor laranja aberta com fluxo contínuo de água cristalina. Ao fundo, imagem borrada em tons verde e marrom, representando a natureza.

Em muitos casos práticos, no entanto, o comportamento do fluido pode ser representado por modelos ideais simples, que permitem uma análise detalhada. Inicialmente, vamos trabalhar com o que chamaremos de fluido ideal, ou seja, um fluido incompressível e que não tem atrito interno ou viscosidade.

Suposição de incompressibilidade

é uma suposição razoável para líquidos, mas não para gases. Um gás pode ser tratado como incompressível se seu movimento é tal que as diferenças de pressão que aparecem não são muito grandes.

Atrito interno

em um fluido, ele dá origem a tensões de cisalhamento quando duas camadas adjacentes se movem uma em cima da outra ou, ainda, quando o fluido se move por tubos ou encontra um obstáculo.

Em alguns casos, essas tensões são desprezíveis quando comparadas com as forças gravitacionais ou aquelas causadas por diferenças de pressão.

Escoamento invíscido e incompressível

Há confusão na literatura mecânica dos fluidos sobre a palavra invíscido e a expressão “fluxo invíscido”. O significado aparente de invíscido não é viscoso. Portanto, o fluxo invíscido parece referir-se ao fluxo de um fluido sem viscosidade. No entanto, não é isso que se entende por fluxo invíscido! Todos os fluidos de importância para a engenharia têm viscosidade, independentemente do campo de fluxo. Os autores que usam a expressão “fluxo invíscido” referem-se ao fluxo de um fluido viscoso em uma região do fluxo, onde as forças viscosas são desprezíveis em comparação com a pressão e/ou forças inerciais. Alguns estudiosos usam a expressão “fluxo sem atrito” como sinônimo de fluxo invíscido. Isso acarreta mais confusão, pois mesmo em regiões do escoamento, onde as forças viscosas líquidas são desprezíveis, apesar do atrito atuar em elementos fluidos, pode, no entanto, haver tensões viscosas significativas. Só que esses esforços se anulam, o que não deixa uma força viscosa líquida significativa em elementos fluidos. Pode-se mostrar que nessas regiões também há uma dissipação viscosa significativa, onde os elementos do fluido, em uma região irrotacional de fluxo, também têm forças viscosas líquidas desprezíveis, não porque neles o atrito não existe, mas porque as tensões de atrito (viscosas) se cancelam. Assim, também podemos encontrar as expressões “regiões invisíveis de fluxo” ou “regiões de fluxo com forças viscosas líquidas desprezíveis”.

Vamos retornar à noção idealizada do escoamento sem atrito denominado escoamento não viscoso ou escoamento invíscido. Ele engloba a maior parte da aerodinâmica e, entre outras coisas, explica, por exemplo, porque aeronaves subsônicas e supersônicas possuem diferentes formas, como uma asa gera sustentação, e assim por diante(...). Usamos a teoria do escoamento invíscido para obter resultados que necessitam de arrasto zero (FOX, 2014, p. 64).

Independentemente da terminologia usada, se as forças viscosas líquidas forem muito pequenas em comparação com as forças de inércia e/ou pressão, as regiões invíscidas de fluxo são regiões de altos números de Reynolds.

Equação da continuidade — vazão

Segundo Çengel e Boles (2015, p. 316), “uma importante área de aplicação da mecânica dos fluidos é a determinação da vazão dos fluidos, e inúmeros dispositivos foram desenvolvidos ao longo dos anos com a finalidade de medir o escoamento”.

Estamos familiarizados com inúmeras leis de conservação, como as leis de conservação de massa, de energia e de momento. Originalmente, essas regras foram aplicadas pela primeira vez a uma quantidade fixa de matéria, chamada de sistema fechado ou apenas sistema e, mais tarde, se espalhou para regiões do espaço chamadas volumes de controle. As relações de conservação também são conhecidas como equações de equilíbrio, uma vez que, qualquer quantidade conservada deve ser equilibrada durante um processo.

A partir do princípio físico que diz que a massa não é criada nem destruída, começamos aplicando um volume de fluido \({{v}_{f}}\), que é expresso dizendo que a massa contida em qualquer volume de fluido não varia com o tempo:

\[\frac{d}{dt}\mathop{\int }_{{{v}_{f}}}^{{}}\rho dV=0\]

Por meio da aplicação do teorema do transporte de Reynolds, encontramos a seguinte expressão geral para conservação de massa que se aplica a um volume de controle:

\[\frac{d}{dt}\mathop{\int }_{{{v}_{0}}}^{{}}\rho dV+\mathop{\int }_{{{S}_{0}}}^{{}}\underset{\scriptscriptstyle-}{n}.\underset{\scriptscriptstyle-}{v}\rho dS=0\]

O que nos dá uma expressão da equação de continuidade em forma integral para um volume de controle fixo. Caso o volume de controle fosse uma variável \({{V}_{C}}\), com o tempo, a expressão obtida seria:

\[\frac{d}{dt}\mathop{\int }_{{{v}_{C}}}^{{}}\rho dV+\mathop{\int }_{{{S}_{C}}}^{{}}\underset{\scriptscriptstyle-}{n}.\left( \underset{\scriptscriptstyle-}{v}-\underline{{{v}_{C}}} \right)\rho dS=0\]

Essa é a equação de continuidade, que é a expressão do princípio de conservação da massa líquida (na ausência de molas e de sumidouros) ⇒ o fluxo de massa, através de uma superfície fechada S, deve ser igual à diminuição, por unidade de tempo, da massa de fluido contida em seu interior.

A equação da continuidade indica que a soma da taxa de variação da massa dentro do volume de controle com a taxa líquida de fluxo de massa através da superfície de controle é zero. A equação da conservação da massa é também chamada de equação da continuidade. Em outras palavras, a taxa de aumento da massa no volume de controle é decorrente do fluxo líquido de entrada de massa (FOX; MCDONALD; PRITCHARD, 2014, p. 145).

Vamos formalizar esse fato em uma equação para a qual temos que definir o fluxo de fluido em uma superfície.

Seja um tubo de corrente em regime de fluxo estacionário, podemos aplicar a equação acima de continuidade a uma parte do tubo compreendido entre duas seções perpendiculares \({{S}_{1}}\) e \({{S}_{2}}\). Como através das superfícies laterais não há fluxo (porque por definição, em cada ponto dele, a velocidade é tangente a elas), podemos expressar que:

\[\mathop{\oint }_{S}^{{}}\rho \underset{\scriptscriptstyle-}{v}.d\underset{\scriptscriptstyle-}{S}=-{{\rho }_{1}}{{v}_{1}}{{S}_{1}}+{{\rho }_{2}}{{v}_{2}}{{S}_{2}}=0{{\Rightarrow }^{{}}}{{\rho }_{1}}{{S}_{1}}{{v}_{1}}={{\rho }_{2}}{{S}_{2}}{{v}_{2}}^{{}}\]

Se, além disso, o fluido é incompressível \(\rho =cte\):

\[{{S}_{1}}{{v}_{1}}={{S}_{2}}{{v}_{2}}\]

expressa a constância do fluxo volumétrico ou a vazão através das seções retas do tubo de corrente ⇒ se a seção do tubo diminui, então, você tem que aumentar a velocidade (mangueira de jardim).

Dinâmica dos Fluidos (I)

Podemos definir a mecânica dos fluidos como parte daquela que estuda as leis de comportamento dos fluidos em equilíbrio (estático), em movimento cinemático (trata de velocidades e linhas de corrente) e dinâmico (inclui relações entre velocidades e acelerações e as forças), e a interação dessas com sólidos ou outros fluidos nos limites.

A mecânica dos fluidos está dividida em várias categorias: hidrodinâmica, hidráulica, dinâmica dos gases, aerodinâmica, meteorologia, oceanografia e hidrologia. Com o advento dos computadores, desenvolveu-se, também, a dinâmica de fluidos computacional, que permite estudar problemas avançados com a ajuda de ferramentas matemáticas complexas em um curto espaço de tempo.

Ao assistir ao vídeo, você conhecerá um pouco sobre as aplicações cotidianas da dinâmica dos fluidos ou dos fluidos em movimento.

Equação de Bernoulli

A equação de Bernoulli é uma relação aproximada entre pressão, velocidade e elevação, ela é válida em regiões de fluxo constante e incompressível, onde as forças de atrito resultantes são desprezíveis.

Também chamada de princípio de Bernoulli, descreve o comportamento de um fluido movendo-se ao longo de uma corrente de água. Ela afirma que, se tratando de um fluido ideal (sem viscosidade ou atrito), em um regime de circulação, por meio de um condutor fechado, a energia do fluido permanece constante ao longo do seu trajeto.

A energia de um fluido a qualquer momento consiste em três componentes:

é a energia devido à velocidade do fluido.

é a energia devido à altitude que um fluido possui.

é aquela que um fluido contém devido à pressão que tem.

Os efeitos gerados da equação de Bernoulli eram conhecidos por experimentalistas antes de Daniel Bernoulli formular sua equação, então, na verdade, o desafio era encontrar a lei que daria conta de todos esses eventos. Em sua obra Hidrodinâmica, ele encontrou a lei que explicava fenômenos da conservação de energia (deve-se notar a semelhança entre a forma da lei de Bernoulli e a conservação da energia).

A principal aproximação na dedução da equação de Bernoulli é que os efeitos viscosos são desprezivelmente pequenos quando comparados aos efeitos da inércia, da gravidade e da pressão. Como todos os fluidos têm viscosidade (não existe um “fluido não viscoso”), essa aproximação não pode ser válida para o todo de um campo de escoamento de interesse prático. Em outras palavras, não podemos aplicar a equação de Bemoulli em toda a parte em um escoamento, mesmo quando a viscosidade do fluido é pequena. Entretanto, a aproximação é razoável em determinadas regiões de muitos escoamentos de caráter prático (ÇENGEL; BOLES, 2015, p. 161).

A seguinte equação, conhecida como equação de Bernoulli (trinômio de Bernoulli), consiste nesses mesmos termos:

\[\frac{{{V}^{2}}\rho }{2}+P+\rho gh=cte\]

Onde,

\(V\)= velocidade do fluido na seção considerada.

\(\rho \)= densidade do fluido.

\(P\)= pressão ao longo da linha de corrente.

\(g\) = aceleração gravitacional.

\(h\)= altura na direção da gravidade a partir de uma medida de referência.

Para aplicar a equação, as seguintes suposições devem ser feitas:

  • Viscosidade (atrito interno) = 0, Ou seja, considera-se que a linha de corrente na qual é aplicado está em uma zona “não viscosa” do fluido.
  • Fluxo constante.
  • Escoamento incompressível, onde ρ é constante.

Para ilustrar, veja a figura a seguir:

A imagem apresenta a representação da equação de Bernoulli, composta por um tubo onde passará um fluido com velocidade v1 e que possui diâmetros para a entrada e a saída, indicado por P1, — sendo o diâmetro maior na entrada e menor na saída, indicado por P2, e que estão em diferentes alturas, indicadas por h1 e h2. A mais baixa para a entrada e a mais alta na saída.
Figura 2.4 — Equação de Bernoulli
Fonte: dnbr/ Freepik.

Descrição da figura: A imagem apresenta a representação da equação de Bernoulli, composta por um tubo onde passará um fluido com velocidade v1 e que possui diâmetros para a entrada e a saída, indicado por P1, — sendo o diâmetro maior na entrada e menor na saída, indicado por P2, e que estão em diferentes alturas, indicadas por h1 e h2. A mais baixa para a entrada e a mais alta na saída.

Concluímos, portanto, que ao longo de uma linha de corrente, a soma das energias devido à pressão, à altura e à velocidade, em um ponto 1, deve ser igual à soma delas em um ponto 2, ou, ainda, eu sei que a energia é conservada, e se o fluido é ideal incompressível (ou compressível), o saldo deve ser zero (se o atrito não for levado em consideração), conforme a figura acima.

SAIBA MAIS

Equação de Bernoulli

A equação de Bernoulli, que sob certas condições relaciona à pressão de um fluido ideal em movimento com sua velocidade e altura, é um tema central nos cursos de Física Geral para estudantes de ciências e de engenharias. Frequentemente, em livros didáticos usados em cursos universitários, como em vários meios de comunicação, esse princípio costuma ser extrapolado para explicar situações em que é inválido. Um exemplo comum é supor que, em qualquer situação, velocidades mais altas implicam em menos pressão, conclusão correta apenas em algumas circunstâncias.

Para conhecer mais sobre a aplicação da equação de Bernoulli que, muitas vezes, é usada de maneira equivocada, por exemplo, na sustentação de aviões, veja o artigo A dinâmica dos fluidos complementada e a sustentação da asa, de Weltner et al. (2001), disponível no link:

https://www.scielo.br/j/rbef/a/FCv7M5JNVv6yVJjSr3CPKtS/abstract/?lang=pt. Acesso em: 6 nov. 2022.

Fonte: elaborado pela autora.

Estudante, na sequência, compreenderemos como funciona um medidor de vazão, junto a ele, veremos também quais são os fatores que determinam a escolha do tipo de medito de um fluido. Vamos lá?

Medição de vazão

Um medidor de vazão é um dispositivo colocado nas linhas por onde se move um fluido, visando obter a velocidade ou a vazão da matéria que está fluindo.

Segundo nos aponta Çengel e Boles (2015), as técnicas de medição de vazão variam muito, entre rústicas e elegantes, indo desde a coleta de água em um balde com volume conhecido até a geração de força eletromotriz produzida quando um fluido passa por um campo magnético.

Veja, a seguir, os fatores determinantes para a escolha do tipo de medidor de fluido:

Alcance

os medidores disponíveis no mercado podem medir vazões de vários mililitros por segundo (ml/s) para experimentos de laboratório precisos ou vários milhares de metros cúbicos por segundo (m3/s) para sistemas de irrigação de água municipal ou sistemas de drenagem. Para uma instalação de medição em particular, a ordem geral de grandeza da vazão deve ser conhecida, bem como a gama de variações esperadas.

Precisão necessária

qualquer dispositivo de medição de vazão instalado e operado corretamente, pode fornecer precisão dentro de 5% da taxa de fluxo real. A maioria dos medidores do mercado tem precisão de 2%, porém, alguns afirmam ter mais de 0,5% de precisão. O custo é, muitas vezes, um dos fatores importantes quando a alta precisão é necessária.

Perda de pressão

como os detalhes de construção de vários medidores são diferentes, eles fornecem diversas quantidades de perda de energia ou de pressão à medida que o fluido passa por deles. Exceto por alguns modelos, os medidores de fluido realizam a medição estabelecendo uma restrição ou um dispositivo mecânico na corrente de fluxo, fazendo com que ocorra perda de energia.

Tipo de fluido

a operação de alguns medidores de fluido é afetada pelas propriedades e condições do fluido. Uma consideração básica a ser feita, é se o fluido é um líquido ou um gás. Outros fatores que podem ser importantes são: a viscosidade, a temperatura, a corrosão, a condutividade elétrica, a clareza óptica, as propriedades de lubrificação e a homogeneidade.

Calibração

a calibração é necessária em certos tipos de medidores. Alguns fabricantes fornecem uma calibração na forma de gráfico ou de esquema do fluxo real versus indicação de leitura. Assim, alguns estão equipados para fazer a leitura direta com escalas calibradas nas unidades de vazão que são desejadas. No caso dos medidores mais básicos, como os de cabeça variável, formas geométricas e dimensões padrão foram determinadas, os dados empíricos estão disponíveis dentro dessas determinações. Esses dados relacionam vazão com uma variável facilmente mensurável, como a diferença de pressão ou o nível de fluidez.

A medição de vazão em processos industriais, por exemplo, é necessária por dois motivos principais: determinar as proporções em massa ou volume dos fluidos introduzidos em um processo e determinar a quantidade de fluido consumida pelo processo para calcular os custos.

Estudante, na sequência, você compreenderá a respeito dos medidores de cabeça variáveis e seu princípio básico.

Medidores de cabeça variáveis

O princípio básico dos medidores de cabeça variáveis é que quando um fluxo de fluido é restrito, sua pressão diminui em uma quantidade que depende da velocidade de fluxo, através da restrição, portanto, a diferença de pressão entre os pontos antes e depois da restrição pode ser usada para indicar a velocidade do fluxo. Os tipos mais comuns de medidores de altura variável são o tubo Venturi, a placa de orifício e o tubo de fluxo do bocal.

O tubo Venturi foi criado pelo físico e inventor italiano, Giovanni Battista Venturi (1746-1822). Ele foi professor em Modena e Pavia. Em Paris e Berna, cidades onde morou por muito tempo, estudou questões teóricas relacionadas ao calor, à óptica e à hidráulica. Foi neste último campo que descobriu o tubo que leva seu nome. De acordo com ele, esse era um aparelho para medir o gasto de um fluido, ou seja, a quantidade de vazão por unidade de tempo, a partir de uma diferença de pressão entre o local por onde a corrente entra e o ponto, calibrável, de seção mínima do tubo, onde sua parte larga final atua como um difusor.

O Tubo Venturi é assim chamado em homenagem ao físico italiano Giovanni Venturi (1746–1822), o primeiro a testar expansões e contrações cônicas. O bocal venturi moderno, consiste em uma entrada feita com o bocal ISA 1932 e uma expansão cônica com semiângulo não maior que 15°. Foi concebido para operar em uma faixa estreita de número de Reynolds de \({{1,5.10}^{5}}\) a \({{2.10}^{6}}\) (WHITE, 2010, p. 431).

O tubo Venturi é um dispositivo que causa perda de pressão quando um fluido passa por ele. Em essência, esse é um tubo reto e curto, ou garganta, entre duas seções cônicas. A pressão varia nas proximidades da seção estreita, assim, colocar um manômetro ou um instrumento de registro na garganta pode medir a queda de pressão e calcular a vazão instantânea, ou, somando-a para um tanque de combustível, este combustível pode ser introduzido na corrente principal.

As dimensões do tubo Venturi para medição de vazão têm, na entrada, um tubo reto curto do mesmo diâmetro que o tubo o qual vão ser unidos. O cone de entrada, que forma o ângulo a1, conduz, através de uma curva suave, ao diâmetro da garganta d2. Um cone divergente longo, com ângulo a2, restaura a pressão e expande o fluido até o diâmetro total do tubo. O diâmetro da garganta varia de um terço a três quartos do diâmetro do encanamento.

A pressão que precede o cone de entrada é transmitida por meio de múltiplos espaços para uma abertura anelar chamada anel piezométrico. Analogamente, a pressão na garganta é difundida para outro anel piezométrico. Uma única linha da pressão sai de cada anel e se conecta a um medidor de pressão ou um registrador. Em alguns desenhos, os anéis piezométricos são substituídos por simples uniões de pressão que conduzem ao tubo de entrada e à garganta.

A principal vantagem do Venturi é que ele perde apenas 20% da diferença de pressão entre a entrada e a garganta. Isso é conquistado pelo cone divergente, que desacelera a corrente. É importante conhecer a relação que existe entre os diferentes diâmetros presentes no tubo, pois, a pressão obtida na entrada e na saída depende deles, e é por meio dela que pode-se cumprir a função para a qual o tudo foi construído.

Essa relação de diâmetros e de distâncias é a base para a realização dos cálculos que visam a construção de um tubo Venturi, assim como o conhecimento da vazão que quer se passar por ele.

Portanto, pode-se dizer que um típico tubo de Venturi consiste, como já dito acima, em uma entrada cilíndrica, um cone convergente, uma garganta e um cone divergente. A entrada convergente tem um ângulo incluso de cerca de 21º, já o cone divergente de 7º a 8º. O objetivo do cone divergente é reduzir a perda total de pressão no medidor, porém, sua remoção não influenciará o coeficiente de descarga. A pressão é sentida por meio de uma série de orifícios na entrada e na garganta, eles levam a uma câmara angular e a duas câmaras conectadas a um sensor diferencial de pressão.

Dinâmica dos Fluidos (II)

A dinâmica dos fluidos estuda líquidos e gases em movimento. Caracterizamos o movimento de fluidos por um campo vetorial de velocidades correspondentes à velocidade possuída por cada partícula do fluido em cada ponto do espaço que ocupa, e por um campo escalar de pressões referido apenas para os pontos dele.

A hidráulica é uma importante parte da dinâmica dos fluidos, pois permite analisar as leis que regem o movimento de líquidos e as técnicas de melhor aproveitamento, especialmente da água.

Ouvindo o Podcast, foi possível conhecer um pouco mais sobre a hidráulica, e você, estudante, o que achou do conteúdo?

Escoamento ideal

Vimos até então algumas equações que definem algumas situações de aplicação da mecânica dos fluidos, no entanto, na maioria das aplicações diárias será necessário começar por simplificar algumas delas para poder resolver posteriormente o sistema resultante já simplificado.

Para simplificar será necessário usar análise dimensional e a comparação das ordens de grandeza dos diferentes termos que aparecem nas equações. O fato de que essas simplificações possível e que as equações resultantes são bastante precisas ocorre porque na maioria dos casos as diferenças entre as ordens de grandeza dos diferentes termos das equações são muito grande, de modo que o erro cometido em negligenciar os termos de ordem de magnitude menor geralmente será pequena.

Uma das simplificações mais comuns em muitos fluxos para interesse tecnológico é assumir que os efeitos da viscosidade e condução de calor são desprezíveis na maior parte do campo fluido, isso significa que os fenômenos difusivos são desprezíveis e, portanto, que o fluido se comporta como um fluido ideal.

REFLITA

Escoamento ideal

Em um escoamento ideal, nenhum corpo sofre arrasto — o paradoxo de D’Alembert, de 1752 —, ou seja, um resultado totalmente contra a experiência. Prandtl, em 1904, resolveu esta discrepância descrevendo como escoamentos reais podem ser essencialmente não viscosos quase em toda parte, existindo, porém, sempre uma “camada limite” adjacente ao corpo. Nessa camada, ocorrem efeitos viscosos significativos, e a condição de não deslizamento é satisfeita (na teoria do escoamento potencial a condição de não deslizamento não é satisfeita). Interessante, não é mesmo? Então, estudante, busque refletir sobre esse processo.

Fonte: Fox, Mcdonald e Pritchard (2014, p. 339).

Segundo White (2010), a equação de Bernoulli em coordenadas rotativas é um exemplo de simplificação que pode ser aplicada ao escoamento ideal incompressível, tanto bidimensional como tridimensional.

As equações obtidas após a simplificação são chamadas de equações de Euler. Essa simplificação será válida para fluxos externos quase estacionários, desde que os números de Reynolds sejam muito maiores que a unidade. Lembre-se que o número de Reynolds é a razão entre as forças inerciais e as viscosas, portanto, quando Re >> 1, as forças viscosas serão insignificantes em comparação com as de inércia. Observe que qualquer fluido real é sempre viscoso, mesmo que o valor de sua viscosidade seja muito pequeno, afinal, são as condições de cada fluxo que determinam se ele pode ou não ser considerado ideal.

Ou seja, o mesmo fluido pode ou não ser considerado ideal dependendo das características do escoamento em que intervém. Mesmo quando há a condição descrita acima (Re>> 1), os efeitos da viscosidade ainda serão importante em uma camada fina ao redor de superfícies sólidas molhadas pelo fluido, o que chamamos de camada limite, bem como, nas esteiras, que são regiões que, em geral, têm pequenas dimensões de seção transversal e estão localizadas a jusante dos sólidos que se movem dentro do fluido.

Ao eliminar os termos difusivos das equações, o caráter delas muda radicalmente, uma vez que esses termos são aqueles de ordem superior, então, as equações deixam de ser de segunda e passam a primeira ordem. A consequência disso é que, na solução das equações, pode aparecer superfícies de descontinuidade. Se o problema fosse resolvido usando as equações completas (com os termos difusivos de segunda ordem) observar-se-ia que essas descontinuidades correspondem a camadas finas em que as condições de fluxo variam acentua e continuamente. A essas descontinuidades, dá-se o nome de ondas de choque.

Escoamento real

Saindo do fluido ideal para o real, dois fatores devem ser levados em consideração.

1. A distribuição de velocidade em uma seção transversal considerada.

2. As perdas de energia ou de pressão.

Ambos os fatores são uma consequência da viscosidade do fluido. Embora um fluido ideal, como já visto, possa apresentar um perfil de velocidade não planar, tal fluxo não produz perda de energia. Quanto ao primeiro fator, ele se revela no que é chamado de coeficiente de correção da energia cinética ou coeficiente de Coriolis.

Seja uma corrente líquida, com uma seção transversal \(S\) em direção perpendicular ao movimento, formada por \(n\) filamentos de corrente aproximadamente paralelas entre si, mas com velocidades variáveis de \({{v}_{1}}\) a \({{v}_{n}}\).

Nesse caso, a carga piezométrica permanece constante, portanto, uma variação da altura geodésica do filamento atual corresponde a uma modificação inversa da altura de pressão e vice-versa. Quer dizer, na seção transversal \(S\), as pressões variam de acordo com a lei hidrostática, por quanto se origina a variação das velocidades dos filamentos atuais, acelerações e, portanto, forças na direção perpendicular à seção \(S\), que não afetem o peso ou as pressões hidrostáticas. Como a velocidade de cada filamento de corrente pode variar, a altura cinética não é constante, consequentemente, o plano de carregamento hidrodinâmico se altera e o valor de Bernoulli H varia de um filamento de corrente para o outro. Dessa forma, para encontrar a energia cinética total da corrente líquida, será necessário integrar as energias cinéticas de todos os filamentos de corrente.

A energia cinética do líquido, transportada por toda a seção, portanto, vai ser:

\[{{E}_{c}}=\frac{1}{2}.\rho .\mathop{\int }_{v}^{{}}{{v}^{2}}dV=\frac{1}{2}.\rho .\mathop{\int }_{v}^{{}}{{v}^{2}}dQdt\]

E na unidade de tempo:

\[{{E}_{c}}=\frac{1}{2}.\rho .\mathop{\int }_{v}^{{}}{{v}^{2}}dQ=\frac{1}{2}.\rho .\mathop{\int }_{v}^{{}}{{v}^{3}}dS\]

Se a variação na velocidade dos filamentos atuais responde a uma lei definida, é possível estabelecer uma velocidade média U, constante, ao longo da seção e, nesse caso:

\[E{{'}_{c}}=\frac{1}{2}\rho {{U}^{3}}\mathop{\int }_{S}^{{}}dS=\frac{1}{2}\rho {{U}^{3}}S\]

A relação entre as energias cinéticas será:

\[\frac{{{E}_{c}}}{E{{'}_{c}}}=\frac{\frac{1}{2}.\rho .\mathop{\int }_{v}^{{}}{{v}^{3}}dS}{\frac{1}{2}\rho {{U}^{3}}S}=\frac{\mathop{\int }_{v}^{{}}{{v}^{3}}dS}{{{U}^{3}}S}=\alpha \]

Sendo \(\alpha \) coeficiente de coriolis.

É a razão entre a energia cinética real da corrente de líquido e a energia cinética que esse teria, se a velocidade de cada filamento da corrente fosse constante e igual à velocidade média do fluxo.

Sempre resulta em \(\alpha >1\) e é fácil entender que, quanto maior a variação de velocidade ao longo da seção, maior o valor de \(\alpha \).

Portanto:

\(\alpha =1\), para uma frente de velocidade plana, característica de escoamento de um fluido ideal em regime irrotacional.

\(\alpha =2\), para a frente parabólica da distribuição de velocidade, característica do regime laminar de um fluido real.

\(\alpha =1,03~a~1,08\) para o perfil característico de um fluxo de fluido real em regime turbulento.

Quanto às perdas de energia ou de pressão, essas ocorrem durante todo o percurso. A equação de Bernoulli entre dois pontos 1 e 2 de um escoamento de um fluido real é, então, expressa da seguinte forma:

\[{{Z}_{1}}+\frac{{{P}_{1}}}{\gamma }+{{\alpha }_{1}}\frac{v_{1}^{2}}{2g}-\mathop{\sum }_{{}}^{{}}H={{Z}_{2}}+\frac{{{P}_{2}}}{\gamma }+{{\alpha }_{2}}\frac{v_{2}^{2}}{2g}\]

A equação de Bernoulli, válida para fluidos, líquidos e gases reais, quando a velocidade de escoamento deste último é muito menor do que a velocidade do som no meio em questão.

Noções de escoamento laminar e escoamento em tubos e dutos

Os sistemas de tubulação são geralmente usados para transportar fluidos. Segundo a definição de Brunetti (2008), um conduto pode ser considerado qualquer estrutura sólida, destinada ao transporte de fluidos.

Quando o fluido passa por um tubo, a energia de pressão do fluido diminui devido ao atrito, e a energia interna do fluido aumenta.

A diminuição da energia interna se manifesta como uma perda de carga no fluido. No caso das perdas que ocorrem, distingue-se entre o atrito interno no fluido e o atrito entre o fluido e a parede ou a resistência.

Em relação às perdas, são discutidos, a seguir, os conceitos gerais de mecânica dos fluidos.

Fluxo laminar e turbulento.

Atrito do tubo devido a materiais e a superfícies diferentes.

Em um fluxo laminar em tubos, as partículas do fluido se movem em camadas paralelas, sem se misturar entre si. A distribuição de velocidade do fluido no tubo é desigual. Na zona limite, o fluido é desacelerado por consequência do atrito do tubo, movendo-se mais lento do que no centro do instrumento. A perda de carga é proporcional à velocidade média, na prática, um fluxo totalmente laminar, é raro.

No fluxo turbulento, as camadas de fluido individuais giram e trocam energia. É padrão de fluxo gerado ser caracterizado por movimentos tridimensionais, imprevisíveis e não estacionários das partículas fluidas, uma camada limite lamelar é mantida, parcialmente, apenas na zona limite da tubulação. A distribuição de velocidade é quase constante em uma ampla faixa da seção transversal do tubo. Ao contrário do fluxo laminar, a perda de carga é proporcional ao quadrado da velocidade média do fluido.

Na prática, as superfícies das paredes do tubo sempre têm uma certa rugosidade, essa condição é criada, por um lado, no processo de produção e, por outro, por depósitos e/ou corrosão durante o funcionamento, assim como o material do tubo também influencia nesse aspecto. No escoamento laminar, a rugosidade possui pouca influência na queda de pressão, porque os fluidos na área da camada limite têm velocidades de fluxo muito pequenas ou, em alguns casos, não se movem.

No fluxo turbulento, no entanto, é decisivo se a espessura da camada limite laminar se estende acima de irregularidades da superfície do tubo que os cobre. Nesse caso, falamos de tubos lisos hidraulicamente e  de uma rugosidade que não influencia na perda de carga. Quando a rugosidade da superfície do tubo se estende bem acima da camada limite laminar, o efeito de suavização da camada limite é perdido, em cenários assim, falamos de tubos hidraulicamente rugosos, em que a rugosidade tem uma influência importante na perda de carga.

Tubos hidraulicamente lisos

A camada limite laminar é suficientemente espessa para cobrir irregularidades da superfície do encanamento. O fluxo em tubos turbulentos pode fluir sem obstáculos.

Tubos em zona de transição

Dependendo da condição do fluxo e da natureza da tubulação, na prática, geralmente, há formas mistas. Quando a camada limite laminar é consideravelmente grossa, mas as irregularidades não estão completamente cobertas, fala-se tubos na zona de transição.

Tubos hidraulicamente rugosos

A camada limite laminar não é suficientemente espessa para cobrir irregularidades da superfície do tubo.

Os sistemas de tubulação são compostos de diferentes elementos de tubos com propriedades específicas variadas. Ao determinar perdas de carga, é feita uma diferença entre as perdas puramente por fricção em elementos de tubos retos e perdas adicionais nos chamados acessórios de tubos e outros elementos, como, por exemplo, válvulas. Ao contrário dos elementos de tubo reto, em conexões de tubos ocorrem, além de perdas por atrito devido à rugosidade da superfície, outras perdas de separação e/ou fluxo secundário.

A queda de pressão em uma conexão de tubulação depende do tipo de mudança de direção, sendo chamado de coeficiente de arrasto g. Os coeficientes de arrasto são determinados experimentalmente por meio de uma medição da pressão da entrada p1 para a saída p2 do acessório de tubulação, encontrados em tabelas como valores de orientação. O coeficiente de arrasto indica a diferença de pressão que deve existir entre a entrada e a saída para manter uma dada vazão em um elemento de tubulação.

Indicação de leitura

Livro: Mecânica dos Fluidos

Autor: Camila Pacelly Brandão de Araújo

Ano: 2022

Editora: Edufrn

ISBN: 978-65-5569-274-7

Comentário: A obra apresenta, com ainda mais detalhes e aplicações, os assuntos abordados neste material. Analisa a dinâmica dos fluidos a partir do teorema de transporte de Reynolds, e o início do tratamento do escoamento de fluidos, na perspectiva integral. Continua com o desenvolvimento do escoamento de fluidos, porém, utilizando a perspectiva diferencial e apresentando a ferramenta de análise dimensional aplicada ao escoamento viscoso de fluidos.

Considerações Finais

Neste material, analisamos a cinemática de um fluido em movimento. Quando falamos da cinemática, estamos nos referindo a movimento, portanto, o que se apresenta são as descrições dos diferentes tipos de movimento de uma partícula de fluido e tópicos relacionados, como a equação de conservação de massa e o teorema de transporte de Reynolds.

Examinamos as aplicações de dois princípios fundamentais no estudo da dinâmica dos fluidos, como a equação que hoje é conhecida como Bernoulli, mas, na realidade, é a integral que Lagrange fez da equação de quantidade de movimento apresentada por Euler, para um fluido sem viscosidade.

Enfim, esperamos que o conteúdo seja de grande valia em sua jornada, seja acadêmica ou profissional! Até a próxima!

Atividade

A mecânica dos fluidos é uma disciplina essencial para a formação de um engenheiro, pois contribui para o desenvolvimento das competências do campo profissional da organização desses processos fluido-dinâmicos na conversão de energia. Esses processos estão presentes quase permanente na maioria das indústrias, por meio de instalações hidráulicas, óleo-hidráulicas e de gás, compressão, transmissão de calor, produção de energia, entre outros.

A respeito da dinâmica dos fluidos, analise as afirmativas a seguir e indique F para a(s) falsas e V para a(s) verdadeira(s).

I. (  ) Para facilitar o estudo de líquidos em movimento, geralmente os consideramos como completamente incompressíveis e a viscosidade é vista como insignificante.

II. (  ) A equação de Bernoulli expressa a pressão, a velocidade e a altura de quaisquer dois pontos (1 e 2) em um fluido com fluxo laminar constante de densidade \(\rho \).

III. (  ) O teorema de Bernoulli também é aplicado no chamado tubo de Venturi, esse dispositivo é usado para medir a pressão de um líquido que circula sob unidade dentro de um tubo.

IV. (  ) Os líquidos assumem a forma de qualquer recipiente em que estejam, eles também fluem em qualquer direção ao passar por tubos e mangueiras de variados formatos e tamanhos.

A sequência correta é:

F, F, V, F.

Incorreta: A alternativa está incorreta, pois a afirmativa I é verdadeira, já que não consideramos, normalmente, os líquidos reais, mas os ideais para melhores análises dos problemas que envolvem a dinâmica dos fluidos. A afirmativa II é verdadeira, pois o princípio da lei de Bernoulli estabelece a relação entre pressão, velocidade e altura nos diferentes pontos em que um fluido passará. A afirmativa III é falsa, porque o tubo de Venturi é um dispositivo usado para medir a velocidade de um líquido que circula sob pressão dentro de um tubo. A afirmativa IV é verdadeira, pois duas das características dos líquidos é que eles não possuem forma definida e que fluem em qualquer direção. Assim, a sequência correta é: V, V, F, V.

V, V, F, V.

Correta: A alternativa está incorreta, pois a afirmativa I é verdadeira, já que não consideramos, normalmente, os líquidos reais, mas os ideais para melhores análises dos problemas que envolvem a dinâmica dos fluidos. A afirmativa II é verdadeira, pois o princípio da lei de Bernoulli estabelece a relação entre pressão, velocidade e altura nos diferentes pontos em que um fluido passará. A afirmativa III é falsa, porque o tubo de Venturi é um dispositivo usado para medir a velocidade de um líquido que circula sob pressão dentro de um tubo. A afirmativa IV é verdadeira, pois duas das características dos líquidos é que eles não possuem forma definida e que fluem em qualquer direção.

V, F, F, F.

Incorreta: A alternativa está incorreta, pois a afirmativa I é verdadeira, já que não consideramos, normalmente, os líquidos reais, mas os ideais para melhores análises dos problemas que envolvem a dinâmica dos fluidos. A afirmativa II é verdadeira, pois o princípio da lei de Bernoulli estabelece a relação entre pressão, velocidade e altura nos diferentes pontos em que um fluido passará. A afirmativa III é falsa, porque o tubo de Venturi é um dispositivo usado para medir a velocidade de um líquido que circula sob pressão dentro de um tubo. A afirmativa IV é verdadeira, pois duas das características dos líquidos é que eles não possuem forma definida e que fluem em qualquer direção. Assim, a sequência correta é: V, V, F, V.

V, V, V, V.

Incorreta: A alternativa está incorreta, pois a afirmativa I é verdadeira, já que não consideramos, normalmente, os líquidos reais, mas os ideais para melhores análises dos problemas que envolvem a dinâmica dos fluidos. A afirmativa II é verdadeira, pois o princípio da lei de Bernoulli estabelece a relação entre pressão, velocidade e altura nos diferentes pontos em que um fluido passará. A afirmativa III é falsa, porque o tubo de Venturi é um dispositivo usado para medir a velocidade de um líquido que circula sob pressão dentro de um tubo. A afirmativa IV é verdadeira, pois duas das características dos líquidos é que eles não possuem forma definida e que fluem em qualquer direção. Assim, a sequência correta é: V, V, F, V.

V, F, V, F.

Incorreta: A alternativa está incorreta, pois a afirmativa I é verdadeira, já que não consideramos, normalmente, os líquidos reais, mas os ideais para melhores análises dos problemas que envolvem a dinâmica dos fluidos. A afirmativa II é verdadeira, pois o princípio da lei de Bernoulli estabelece a relação entre pressão, velocidade e altura nos diferentes pontos em que um fluido passará. A afirmativa III é falsa, porque o tubo de Venturi é um dispositivo usado para medir a velocidade de um líquido que circula sob pressão dentro de um tubo. A afirmativa IV é verdadeira, pois duas das características dos líquidos é que eles não possuem forma definida e que fluem em qualquer direção. Assim, a sequência correta é: V, V, F, V.

Atividade

A dinâmica dos fluidos estuda líquidos e gases em movimento. Caracterizamos o movimento de fluidos por um campo vetorial de velocidades correspondentes à velocidade possuída por cada partícula do fluido, isso, em cada ponto do espaço que ocupa, e por um campo escalar de pressões, referido apenas para os pontos dele.

A partir dos conhecimentos adquiridos, indique qual o princípio que estabelece que em um líquido ideal, cujo fluxo é estacionário à soma das energias cinética, potencial e de pressão, que tem um líquido em um ponto, é igual a soma das energias em outro ponto qualquer.

Pitot.

Incorreta: A alternativa está incorreta, pois o tubo de Pitot é um instrumento que mede a velocidade dos fluidos em um tudo.

Venturi.

Incorreta: A alternativa está incorreta, pois o efeito Venturi relaciona-se à variação de pressão sobre um fluido em movimento.

Pascal

Incorreta: A alternativa está incorreta, pois a lei de Pascal afirma que a pressão aplicada sobre um fluido é distribuída igualmente entre todos os pontos.

Bernoulli.

Correta: A alternativa está correta, pois a lei de Bernoulli estabelece que em pontos diferentes haverá conservação de energia e de pressão.

Torricelli.

Incorreta: A alternativa está incorreta, pois estuda o fluxo de um líquido contido em um recipiente, através de um orifício.

Atividade

O estudo do escoamento de fluidos é de grande importância, pois desempenha um papel central e fundamental na formação de engenheiros. Em um amplo espectro de carreiras de engenharia, as disciplinas ou módulos de mecânica dos fluidos fazem parte do plano de estudos. A partir dos conceitos estudados, imagine que certa quantidade de líquido escoa através de um tubo de \(12~c{{m}^{2}}^{{}}\) de área a uma velocidade de \(6m/s\). Em uma parte do cano há um estreitamento e a área é de \(4~c{{m}^{2}}\).

Indique a alternativa que corretamente apresenta a velocidade do líquido nesse ponto:

\({{v}_{2}}=~24~m/s\).

Incorreta: A alternativa está incorreta, pois de acordo com os dados indicados, usamos a equação da continuidade, que estabelece: \({{v}_{1}}.{{A}_{1}}={{v}_{2}}.{{A}_{2}}\). Assim sendo: \({{v}_{2}}=18~m/s\).

\({{v}_{2}}=~18~m/s\).

Correta: A alternativa está correta, pois de acordo com a equação da continuidade: \({{v}_{1}}.{{A}_{1}}={{v}_{2}}.{{A}_{2}}\Rightarrow {{v}_{2}}={{v}_{1}}.\frac{{{A}_{1}}}{{{A}_{2}}}\Rightarrow 6.\frac{12}{4}=18~m/s\).

\({{v}_{2}}=~48~m/s\).

Incorreta: A alternativa está incorreta, pois de acordo com os dados indicados, usamos a equação da continuidade, que estabelece: \({{v}_{1}}.{{A}_{1}}={{v}_{2}}.{{A}_{2}}\). Assim sendo: \({{v}_{2}}=18~m/s\).

\({{v}_{2}}=~72~m/s\).

Incorreta: A alternativa está incorreta, pois de acordo com os dados indicados, usamos a equação da continuidade, que estabelece: \({{v}_{1}}.{{A}_{1}}={{v}_{2}}.{{A}_{2}}\). Assim sendo: \({{v}_{2}}=18~m/s\).

\({{v}_{2}}=~6~m/s\).

Incorreta: A alternativa está incorreta, pois de acordo com os dados indicados, usamos a equação da continuidade, que estabelece: \({{v}_{1}}.{{A}_{1}}={{v}_{2}}.{{A}_{2}}\). Assim sendo: \({{v}_{2}}=18~m/s\).

Unidade concluída

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